A ideia primeira era levar essas conversas
reflexivas boas de ouvir e de participar para fora da sala de aula. Surgiu assim
a semente da edição inaugural do Retratos de Artista: Molduras do Pensamento,
realizado na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG em novembro de
2012. Em vez de teóricos, foram convidados artistas para falar sobre suas
experiências de experimentação de uma vida com ousadia, invenção e risco. Sem receberem
nenhum pagamento quatro artistas provenientes de diferentes campos abraçaram a
proposta e se lançaram à exposição de seus pensamentos e à tentativa de
refletir sobre si e sobre o ofício que assumiram como seus. Foram eles Lourenço
Mutarelli, Carlos Bracher, Wilson Oliveira e Rômulo Fróes.
O bom resultado com instigantes exposições animou
a turma de voluntários que produziram o evento por puro prazer de ver uma boa
ideia sair do papel e tomar tão bonita forma. Resolveu-se que era preciso criar
meios de continuar com a iniciativa. A edição de 2014 foi resultado desse
entusiasmo. Dessa vez o projeto foi realizado com recursos do Fundo Municipal de
Incentivo à Cultura de BH. Em vez do campus da UFMG, na Pampulha, a escolha foi
promover os encontros no centro da cidad, no Espaço 104. A edição 2014 recebeu, com muita alegria, Jorge Mautner, Paulo César
Pinheiro, Hermeto Pascoal e Roberto Tibiriçá. Todos, desta vez, foram acompanhados de mediadores ou provocadores. Seguindo a ordem anterior, os
companheiros de mesa dos artistas citados foram Vera Casa Nova, Sérgio Santos, Kiko
Ferreira e João Luiz Sampaio.
Na atual edição, de 2017, os artistas são Guinga (RJ) Dona Onete (PA) e Mateus Aleluia (BA). E os mediadores, respectivamente, Daniella Zupo, Tutti Maravilha e Déa Trancoso.
Na atual edição, de 2017, os artistas são Guinga (RJ) Dona Onete (PA) e Mateus Aleluia (BA). E os mediadores, respectivamente, Daniella Zupo, Tutti Maravilha e Déa Trancoso.
Em resumo, Retratos
de Artista: Conversas sobre Arte e Pensamento consiste na realização de mesas de conversa
com foco em questões reflexivas que cercam a atividade artística, como os
mistérios da criação, o desejo (imperativo?) de construir e reconstruir, a
especificidade da atividade de composição, a forma que o entrevistado lida com
a vida, com as dúvidas, escolhas, grandezas, pequenezas e assuntos do tipo. Eles
são desafiados a ocupar outro lugar, diferente do cotidiano. E a construir
junto ao mediador e ao público um diálogo com muita liberdade, ancorado na
experiência individual e respeitando o tempo e o jeito de cada um.
O
endereço escolhido para as sessões de prosa é a Funarte MG (Rua Januária, 68, Floresta) com acesso fácil e configuração
espacial despojada, favorecendo uma ocupação menos formal. O local tem capacidade
para 150 pessoas e será ocupado conforme a ordem de chegada. A entrada é
gratuita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário