Bate-papo com o Mautner será o primeiro a ser exibido pela TV UFMG

Quem foi ao Retratos de Artista: Molduras do Pensamento em abril deste ano e quer rever as conversas com os artistas participantes, ou quem não foi e gostaria de ter ido, vai poder assistir aos programas especiais que a equipe da TV UFMG preparou. O primeiro, com Jorge Mautner, vai ao ar no dia 04 de setembro, próxima quinta-feira. No mesmo dia Mautner estará no Inhotim para um show ao lado de Jards Macalé. Mais informações neste link.

                                                                                          Foto: Ana Alvarenga

A programação da TV é exibida no Canal Universitário (Canal 12 da Net e canal 14 da Oi TV)


Programas especiais na gaveta

Em breve vamos divulgar por aqui os programas especiais que a TV UFMG está fazendo a partir dos encontros promovidos pelo Retratos de Artista: Molduras do Pensamento.
Para ir esquentando,  um pouco do bate papo com Hermeto Pascoal (no caso em gravação feita pela turma do blog de notícias Alto Astral).


Agradecimentos

O Retratos de Artista não seria possível sem o apoio dos parceiros e os agradece por isso: primeiro o Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, que garantiu o financiamento das atividades. E também os importantíssimos companheiros de jornada da TV UFMG/Cedecom, Centro Cultural da UFMG e Centro Acadêmico de Ciências Sociais (Cacs). E um agradecimento ao CentoeQuatro que recebeu e deu suporte às nossas ações.

Obrigado a todos e até a próxima!

Singelas flores


                                                                                      Fotos: Ana Alvarenga

 Mariana Speziali, de 12 anos, encantou a todos que foram ao Retratos de Artista ontem ao se dirigir ao microfone para pedir ao maestro uma ajuda. Ela queria tocar no mesmo palco da Orquestra Sinfônica de Minas, como havia acontecido em um projeto que mostrava jovens talentos da música. Mariana toca violino desde os 8 anos. O maestro disse que não podia atender àquele pedido, mas deu um incentivo a ela:
“Você tem uma estrada pela frente, a estrada que eu tive. Te digo que é uma estrada muito bonita, que vai te dar muito prazer. A música tem o poder de fazer você chorar de alegria, de saudade. E nosso papel é esse. Se a gente conseguir emocionar uma pessoa já valeu a pena. Não desista. Acredite no seu valor.” E era aniversário dela!


Já Luiza está aqui como homenageada porque ela foi a todas as sessões de conversa do nosso projeto.



Fazemos uma saudação carinhosa às duas, Mariana e Luiza, que representam aqui todo o público que prestigiou o Retratos de Artista: Molduras do Pensamento de 2014. 


Muito obrigada!

Boa prosa com Roberto Tibiriçá encerrou série de conversas de 2014



A avó era pianista, os pais apreciadores de música clássica. Aos três anos, ele ganhou de presente um pianinho, prenúncio. Aos 8, a avó o levou a um concerto da pianista Guiomar de Novaes. O barraram por não estar de gravata. O menino Roberto Tibiriçá agradeceu no íntimo a negativa porque achou que o programa seria chato, “adulto”. Mas o desígnio era forte. Alguém jogou uma gravata na sua mão. A brincadeira ficou séria. “Sentei na terceira fila. Fui ouvindo bem de perto, adorando. Não conseguia não me ligar àquela música. Foi um divisor de águas. Passei o dia seguinte inteiro ligando para a casa da Guiomar Novaes. Queria estudar piano com ela.” A pianista recomendou uma professora, Dinora de Carvalho e o caminho seguiu por aí com estudos e uma paixão certeira por aquela área que o fez abandonar a escola aos 16 anos para seguir o rumo da música.

Muitas outras histórias se sucederam e foram confirmando para o maestro seu caminho. A música na sua vida e o universo que circunda essa expressão artística foram tema da conversa do maestro Roberto Tibiriçá com o jornalista João Luiz Sampaio, do jornal O Estado de São Paulo. Ao final, o público presente pode conversar com o maestro.


Registros de uma noite agradável de conversa com Roberto Tibiriçá







Para chegar bem ao Café 104


É hoje! Roberto Tibiriçá conversa com o jornalista João Luiz Sampaio às 19h30. No CentoeQuatro, na Praça da Estação, centrão de BH.


Não custa lembrar:
Venham mais cedo para garantir um bom lugar! A partir de 18h já estaremos recebendo os convidados. É possível chegar de metrô (estação central) ou ônibus que param no centro.Para quem for de carro - Estacionamento conveniado: Park Box Av. Santos Dumont, 218 | R$5,00 (preço único)

É hoje a conversa com o maestro Tibiriçá. Nosso evento na imprensa de hoje

No jornal O Tempo
"“Eu não passo o dia todo ouvindo Beethoven, senão eu me suicido!”, brinca Roberto Tibiriçá, um dos mais renomados regentes da música erudita brasileira da atualidade."


No jornal Estado de Minas
“No Brasil, não podemos nos dar ao luxo de não fazer isso. Preocupa-se com a qualidade artística, o que é certo, mas é preciso pensar no público. Já vi gente saindo no meio de concerto, e não era porque a orquestra tocava mal. Mas não se pode dar açúcar toda hora. É preciso saber dosá-lo e essa é a arte”.

No Hoje em Dia
“Porque sou maestro eclético, que navega em várias áreas. E acho que quando a música é boa, de grandes artistas, tudo é válido. Como não pensar na época de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, uma época de ouro. Depois, Chico Buarque... São letras e musicalmente, a melodia, a harmonia, é tudo muito pensado”, defende o maestro, que critica os modismos musicais como “Lepo Lepo” e congêneres.


Para esquentar: maestro desafiado a conversar com público aberto

Em entrevista a William Campos Viegas, estagiário da Pró-reitoria de extensão da UFMG (William nem precisou se formar para mandar muito bem nas perguntas), o maestro Roberto Tibiriçá confessa: "estou ansioso e nervoso porque não sei quais perguntas serão feitas, mas quem sai na chuva é para se molhar." E diz sentir um carinho grande por Belo Horizonte, onde já morou quando dirigiu a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais.


Proex/UFMG: Você já participou de bate-papo com um público não restrito à música? E qual a expectativa em participar do projeto Retratos de Artista: Molduras do Pensamento?
Roberto Tibiriçá: Não. É a primeira vez que participo de um debate aberto a um público não ligado, especificamente, ao universo da música. Confesso que estou ansioso e nervoso porque não sei quais perguntas serão feitas, mas quem sai na chuva é para se molhar. Só espero ter jogo de cintura para dar conta. O projeto é fantástico por não ser restrito a um determinado público. As pessoas têm uma imagem muito séria dos maestros, como se fôssemos intocáveis. Somos pessoas comuns. A ideia do evento foi genial, pois, além de nos aproximar, desmistificará essa imagem construída.

Proex/UFMG: Em seu trabalho como se dá a mistura entre erudito e popular?
Roberto Tibiriçá: Se reportarmos à época de Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Dolores Duran, Noel Rosa perceberemos que foi um momento rico da Música Popular Brasileira. Hoje temos aí Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nana Caymmi, entre outros grandes artistas, cujas composições têm uma melodia bem reunida, uma harmonia bem feita. O nosso grande papel atualmente é a formação de uma nova plateia. Há alguns anos, tanto nos meus concertos quanto nos de outros amigos, víamos apenas pessoas da terceira idade. Hoje a juventude tem comparecido em massa. As pessoas estão buscando outros caminhos. Então, por que não criar concertos populares e incluir numa apresentação, por exemplo, da Sinfonia de Beethoven, a artistas de outros estilos musicais? Essa é a mistura que proponho.

Proex/UFMG: Você já fez arranjos próprios com canções marcantes da MPB e já trabalhou com músicos consagrados nesse estilo. Isso fez com que você criasse o projeto Sinfônica Pop. Como surgiu essa ideia?
Roberto Tibiriçá: Surgiu no Rio de Janeiro quando eu estava à frente da Orquestra Sinfônica Brasileira com objetivo de atrair novas plateias, a juventude. É como dar um remedinho amargo para uma criança. Sempre temos que oferecer um doce antes. Assim, antes da orquestra executar um trecho da Sinfonia de Beethoven, havia uma apresentação da Nana Caymmi, por exemplo. É legal trazer um repertório que a plateia reconheça.

Proex/UFMG: Essa união quebra um possível tabu existente tanto com a música erudita quanto com a popular?
Roberto Tibiriçá: Quebra. Também contribui para a formação de outras plateias e desperta o interesse das pessoas para a música clássica. Um dos primeiros a fazer essa junção foi o grupo Pink Floyd quando lançou um LP com a Sinfônica de Londres. A música quando é boa, ela é válida independente do estilo. Ouço de tudo, dos clássicos à Madonna. Tem hora pra tudo.

Proex/UFMG: Atualmente, você participa, como convidado, de vários concertos, entre eles, os promovidos pela  Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP). Qual o retorno do público?
Roberto Tibiriçá: Falo que sou como um ministro sem pasta ou um maestro sem orquestra. Estamos num ano eleitoral, então prefiro ser convidado já que muitas orquestras no país são vinculadas ao governo. Estou esperando o desenrolar desse cenário. É raro vermos um governo que é sensível a arte, à música e que aposte em orquestras. Em São Paulo, criou-se a OSESP, a maior da América Latina. Mas infelizmente são poucos sensíveis a arte em geral e é uma incoerência enorme, pois quando um líder político vem ao país, eles sempre promovem um apresentação artística. Um país sem cultura não é nada. Como convidado eu sigo as regras, não escolho o que vou fazer. Quando sou diretor, tento alcançar o maior número de pessoas. O Palácio das Artes lotou quando juntamos João Bosco e a Orquestra. Esses artistas têm uma mídia forte em cima deles. Nesses casos, eu recebo muitas mensagens, agradecimentos e pessoas surpresas com a mistura que estabeleço.

Proex/UFMG: Além da MPB, você mistura outros ritmos?
Roberto Tibiriçá: Sim. Em Minas Gerais fizemos uma apresentação com a Zizi Possi, uma das artistas mais ecléticas e eruditas que conheço. Foi um espetáculo. Ela cantou quatro obras clássicas, seguido de músicas italianas e finalizou com samba. É um congraçamento da arte. Mas infelizmente há colegas caretas que não aceitam essa mistura. Tem momento para tudo e tem hora que dá para juntar o erudito e o popular.

Proex/UFMG: Quando foi a última vez que esteve em BH?
Roberto Tibiriçá: No fim do ano passado quando a Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico executaram a 9ª Sinfonia de Beethoven. Foi um sucesso as duas apresentações tanto que tivemos que fazer uma extra. Beethoven tem um impacto, mas esse sucesso de público é resultado de um trabalho coletivo bem realizado É muito gostoso voltar a Belo Horizonte, eu adoro essa cidade. Além disso, os mineiros são muito queridos e sempre recebem todos muito bem. Já fui condecorado com a medalha Juscelino Kubitschek só falta agora o título de cidadão honorário, mas eu já me considero um “mineirin”.

Proex/UFMG: Entre 2010 e 2013 você foi regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Qual foi sua maior contribuição?
Roberto Tibiriçá: Fui chamado para ajudar a reestruturar a Orquestra e o Coral Lírico. Foi um trabalho em conjunto com a Fundação Clóvis Salgado, a Secretaria de Estado de Cultura, os músicos, entre outros. Conseguimos, por exemplo, sensibilizar o Governo de Minas da importância de autorizar um concurso. Creio que foi um avanço.

Link para o texto no site da Proex

As caras do Retratos

Pessoas que fazem o projeto acontecer com empenho e carinho.


Flávio Henrique, um dos produtores (aqui ao lado de Paulo César Pinheiro).



A responsável por todas as outras imagens deste post e das fotos dos quatro dias de encontro, Ana:



O criador da iniciativa e coordenador, Renarde



Bianca, uma das produtoras, ao lado de duas colaboradoras voluntárias que merecem nossos agradecimentos mais sinceros e efusivos: Lívia (centro) e Zirlene.



Na lista de colaboradores voluntários, espontâneos mesmo, um especialíssimo a quem devemos dizer muito obrigado: Júlio Ruas.


Guto, do CentoeQuatro, com a gente na lida em todos os dias (na foto ao lado de Sérgio Santos)



Ian, que representa toda turma da TV UFMG, parceiros desde o primeiro dia. Eles preparam um programa especial com as conversas, um gesto que vai nos ajudar a levar essas mensagens a mais pessoas.






Ana Amélia, a abre-alas do projeto, que recepciona a todos com gentileza e delicadeza (aqui com Hermeto Pascoal e a esposa dele, Aline Morena)


E mais um número bom de pessoas que apoiaram, torceram e fizeram a coisa acontecer. Obrigado a todos!

Maestro Roberto Tibiriçá vai conversar com João Luiz Sampaio

O Café 104, que abriga o Retratos de Artista já está preparado para receber a última dupla que vai conversar com o público, o maestro Roberto Tibiriçá e o jornalista do jornal O Estado de São Paulo, João Luiz Sampaio. 

O companheiro de mesa do maestro iniciou suas atividades na imprensa no ano 2000 como repórter especializado em música clássica e ópera do “Caderno 2” do jornal “O Estado de S. Paulo”. De 2005 a 2009 foi também editor-assistente do suplemento “Cultura” e, ao longo de 2010, ocupou a mesma posição no caderno literário “Sabático”, que ajudou a criar. Desde 2011, além da atividade como repórter e crítico, atua como editor-assistente do “Caderno 2”. No portal “Estadão.com.br”, mantém desde 2008 um blog dedicado à música clássica e à ópera, um dos primeiros da imprensa brasileira. É autor de:“Ópera à Brasileira” (Algol, 2008), “Antonio Meneses: Arquitetura da Emoção” (Algol, 2010) e “Guiomar Novaes do Brasil” (Kapa, 2011).  É co-autor de “Música Brasileira Hoje” (Publifolha, 2006). 



Vai ser um bate-papo muito interessante!
E o charmoso Café fica ainda mais bonito nos dias do evento com iluminação especial e sofás confortáveis para os primeiros que chegarem:

(Foto: Ana Alvarenga)

Na quarta, dia 30, às 19h30. Entrada gratuita.
No Café 104: Praça da Estação, 104, centro de BH

MPB clássica e erudito popular

(Reportagem do jornal Pampulha sobre a participação do maestro Roberto Tibiriçá no Retratos de Artista: Molduras do Pensamento )


PUBLICADO EM 25/04/14 - 12h11
A MPB é um clássico e a sinfônica é pop. A certeza da relação mútua entre o erudito e o popular é do maestro Roberto Tibiriçá, que em quase quatro décadas de regência se ocupou de promover diálogos entre esses dois mundos. De volta a Belo Horizonte, onde viveu por três anos (2010-2013), no período em que foi regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, Tibiriçá vem mostrar os vários pontos de contato entre as duas linguagens musicais, em bate-papo na próxima quarta-feira (30), no CentoeQuatro, dentro do projeto “Retratos de Artista: Molduras do Pensamento”.
 
Foi logo no início da carreira musical que o maestro se viu diante da tarefa de unir a música dos violões com a música dos violinos. Ainda jovem, nos anos 1970, quando trabalhou ao lado do maestro Silvio Baccarelli na regência de orquestras e coros em casamentos, Tibiriçá fez seus primeiros arranjos para canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. “As noivas pediam para tocar na igreja músicas populares na época, como ‘Eu Sei Que Vou Te Amar’, ‘Se Todos Fossem Iguais A Você’, relembra. Foi mais ou menos na mesma época também que ele começou a ter contato com os principais nomes da MPB, como Elis Regina e Chico Buarque. Era comum os artistas utilizarem orquestras nas gravações de estúdio, e o maestro em formação dava um jeito de presenciar as sessões. “Às vezes, eu fugia da escola para ver essas gravações”, entrega.
 
O entusiasmo com essa mistura levou Tibiriçá, décadas mais tarde, a criar uma espécie de grife própria, a Sinfônica Pop. O projeto que convida artistas da MPB a relerem suas obras à frente de uma orquestra foi concebido e implantado pelo maestro nas orquestras em que esteve à frente: Orquestra Sinfônica Brasileira, Orquestra Petrobras Sinfônica e, mais recentemente, na Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Por aqui, João Bosco, Nana Caymmi, Zizi Possi e Gal Costa foram alguns dos convidados do projeto. Todos integram o vasto time de artistas populares com quem Tibiriçá já trabalhou em ocasiões diversas, e que inclui ainda Daniela Mercury, Frejat, Rita Lee e Wagner Tiso.
 
A natureza da música brasileira, segundo o maestro, facilita essa interlocução entre erudito e popular que ele próprio vem cultivando. “A música brasileira é um clássico”, decreta. “Qualquer música, quando é boa, dá para você adaptar. O Pink Floyd começou com essa história há muitos anos, quando lançou um LP com a Sinfônica de Londres. Mas a música brasileira tem essa riqueza harmônica, é uma poesia musical muito grande, principalmente nessa fase do Vinicius, da Dolores Duran, do Pixinguinha, Chico Buarque. São obras muito propícias para uma orquestração sinfônica”, explica. Sinal dessa predisposição, segundo o maestro, é que cada vez mais artistas se apropriam de orquestras, conjuntos de cordas ou instrumentos clássicos em seus trabalhos. “O Wagner Tiso usa muito esse recurso com a Maria Bethânia, o Egberto Gismonti escreve concertos para piano”, exemplifica. 
 
Atualmente, Tibiriçá atua como regente convidado da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, principalmente no projeto Osesp Itinerante, que leva concertos para cidades do interior paulista. Também faz as vezes de radialista na rádio Cultura, de São Paulo, à frente do “Arquivo Vivo”, programa de repertório erudito que prioriza gravações de orquestras e músicos brasileiros. Quando possível, trata novamente de unir o popular e o erudito, como na edição em que apresentou músicas de Sivuca em arranjos orquestrais. Seria ele um maestro popular? “Eu trafego em todas as estradas, desde óperas e sinfonias até a música popular. Me sinto bem eclético”, reconhece.
 
Retratos de Artista: Molduras do Pensamento

CentoeQuatro (praça Ruy Barbosa, 104, centro, 3222.6457). Dia 30 (quarta), às 19h30. Entrada gratuita por ordem de chegada. O Café 104 abrirá às 18h e a capacidade local é de 120 pessoas

Próxima quarta: encontro marcado com Roberto Tibiriçá



O premiado e experiente maestro Roberto Tibiriçá é nosso próximo convidado: na quarta-feira 30 de abril, no mesmo horário de 19h30. Vai ser um bate-papo rico e instigante com o jornalista João Luiz Sampaio, do Estado de São Paulo. O maestro vai falar sobre música em geral, especialmente as relações e conexões entre os clássicos populares e os clássicos eruditos, baseado em sua experiência como regente e pesquisador e apreciador de música.

Roberto Tibiriçá esteve à frente das principais orquestras brasileiras, a exemplo das sinfônicas Brasileira (OSB), do Estado de São Paulo, de Minas Gerais e Petrobras Sinfônica. Ao mesmo tempo, desenvolve trabalhos com os clássicos populares, o que o aproxima da música de artistas, como Gilberto Gil, Sivuca, Francis Hime e Wagner Tiso. É um dos criadores da série “Sinfônica Pop”, adotada por muitas orquestras, que promovem concertos ao lado de artistas da MPB. 

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A conversa com o maestro será no Café 104, na Praça da Estação, no centro de BH.
Entrada gratuita mediante ordem de chegada. Capacidade do local: 120 lugares

Palavra de quem foi: Hermeto Pascoal um homem das alturas


Relato do músico Babilak Bah sobre o encontro com Hermeto Pascoal, realizado no dia 23 de abril


"O Projeto Retrato de Artista e Molduras do Pensamento que aconteceu ontem no Espaço Cultural CentroeQuatro, com a participação de Hermeto Pascoal, abordando sua história de vida numa conversa pautada na subjetividade, a inquietude e a linguagem musical do multi-instrumentista das Alagoas.
O Retrato de Artista - teve ontem sua terceira edição numa noite riquíssima, uma experiência para além da musica. Em alguns momentos o público tinha a sensação que estava ouvindo um monge, um duende, uma entidade encarnada proveniente do cosmo. Foi um presente para platéia se deleitar ao ouvir seus casos, a forma como foi apreendendo arte musical, sua superação tanto técnicas, como os preconceitos que o artista enfrentou no começo da carreira.
O artista esteve todo tempo com um papo descontraído, cheio de humor. 
Falou de sua infância, seus primeiros contatos com a música, os encontros fundamentais que marcaram sua vida pessoal e profissional.
Ressaltou a importância do maestro Sivuca e Jackson do Pandeiro na sua formação, seu encontro com Miles Davis e alguns nomes do jazz.
Falou sobre Pixinguinha, Radamés, João Bosco, pediu um salve para Clementina de Jesus.
Uma coisa é certa, o bruxo é um caso curioso, sobretudo um sujeito raro no mundo dos homens e no universo musical. A certeza que Hermeto tem no poder da musica juntamente com seu talento e fé, fez com que ele torna-se um dos maiores nomes da cultura brasileira.
Destacou em vários momentos de sua fala: “eu sou um homem extremamente intuitivo.”
Respondendo a primeira pergunta, disse: “viva, sinta a musica com intensidade, nunca um artista deve trair seus ideais mais profundos.“
E disse ainda, muitas vezes os músicos são os primeiros obstáculos para quem quer desenvolver um trabalho autoral e diferenciado. Disse que foram os músicos que influenciaram a mídia a lhe dar o rótulo de doido. Foram os músicos, os primeiros a ignora-lo.
Por fim, foi muito bom ouvir Hermeto Pascoal, com sua fala simples e genial numa abordagem sobre: musica, vida e o mundo. Hermeto, um homem que vive a musica das alturas."
Babilak Bah.

Hermeto Pascoal iluminou nossa noite


Uma noite luminosa, especialíssima com trocas lindas entre o convidado especial Hermeto Pascoal e as mais de 300 pessoas que foram vê-lo no CentoeQuatro ontem. O café foi transferido para o segundo andar para acolher mais pessoas. o grande salão com janelões que dão para a praça da estação e um charme de festa de pompa de 50 anos atrás ficou lindo. A decoração é muito original e a iluminação especialíssima, o que se pode ver nas fotos tiradas pela fotógrafa Ana Alvarenga.




"Estou sentindo, sobretudo, um clima de alegria hoje. Que prevaleça isso, a alegria", disse o coordenador do Retratos de Artista, Renarde Nobre, na abertura.


Como tem sido em todos os encontros, as pessoas silenciaram para ouvir Hermeto falar de sua intuição, do seu processo criativo, da música que sempre esteve em seu corpo e sua mente, dos seus encontros com gênios inspiradores da cultura brasileira, como Sivuca, Clementina de Jesus, Heraldo do Monte, Jackson do Pandeiro e tantos mais. Sentados em sofás, cadeiras, pufs, no chão ou encostados no grande balcão do lugar, o público acompanhou com atenção as palavras sábias de Hermeto.


Esse senhor de barba branca que tem mais de 6.000 composições gravadas é um caso raro de sensibilidade musical, de consciência de si e de simplicidade no viver.




Ao final, Hermeto e a mulher Aline Morena fizeram uma música de despedida.



Depois de conversar com o radialista e pesquisador de música Kiko Ferreira e de responder a perguntas da plateia, ele ainda autografou CDs e distribuiu abraços a seus admiradores.



Para encerrar a noite, mais ousadia. O trio formado por Big Charles (bateria), Eneias Xavier (baixo) e D. Ângelo (teclado) homenageou Hermeto com uma sessão do autêntico jazz, onde a sintonia dos músicos e a ambiência dão o tom para um som diferenciado e contagiante.


Obrigada a todos que foram lá nos ajudar a fazer uma bela noite!

Tem mais fotos desse dia especial no nosso Facebook

"Tudo pra mim é música!"

A jornalista Zirlene Lemos, da UFMG, nos passou essa linda entrevista que ela fez com o Hermeto Pascoal, um homem com sensibilidade especial e única, canalizada para a música. Obrigada, Zirlene. Salve Hermeto!

"Tudo pra mim é música. Música é um termo que eu uso para as coisas boas, belas."
"Música não se aprende. Você já tem a música. Teoria não é música."
"O maior preconceito é dos músicos porque são teóricos. O povo não quer saber, quer sentir."
"A música não para. Ela fica infiltrando na sua mente. O que você tem que fazer é deixar fluir. Não tem que ter medo da música."

Ouça:

Para chegar bem hoje ao CentoeQuatro

Não custa lembrar:

É hoje! 
Hermeto Pascoal conversa com Kiko Ferreira às 19h30. No CentoeQuatro, na Praça da Estação, centrão de BH.

Venham mais cedo para garantir um bom lugar! A partir de 18h já estaremos recebendo os convidados. 
É possível chegar de metrô (estação central) ou ônibus que param no centro.Para quem for de carro - Estacionamento conveniado: Park Box Av. Santos Dumont, 218 | R$5,00 (preço único)

O companheiro de Hermeto

Radialista, crítico musical, poeta e letrista, ele é atual diretor de Rádio e TV da UFMG. É ele o companheiro de mesa do Hermeto Pascoal hoje às 19h30 no CentoeQuatro.


Kiko é mineiro de Belo Horizonte e vem desde a década de 70 atuando na área cultural. Trabalha, basicamente, com rádio, jornal e TV, em funções como produtor, comentarista de cultura, colunista de cultura e gastronomia, coordenador de produção, apresentador, diretor artístico e editor.
Recentemente escreveu as biografias de Jackson do Pandeiro e de Tony Bennett para as coleções Raízes da MPB e Grandes Vozes, da Folha de São Paulo.

Entre os veículos que já dirigiu estão as rádios Guarani, Inconfidência e Geraes, as Tvs Minas e Horizonte. Atualmente colabora com o jornal Estado de Minas e as revistas Season, Mercado Comum e Pullsar.

Foi membro de conselhos e comissões para projetos e entidades como BNDES, MINC, Feira Música Brasil, Projeto Rumos (Itaú Cultural), Conexão Vivo, Festival Planeta Brasil, projeto Música Independente e muitos outros. Poeta, tem oito livros lançados. É letrista bissexto, parceiro de Sérgio Moreira, Affonsinho, Dani Calixto e outros. 

Palavra de Hermeto

Entrevista que ele concedeu a Lucas Simões, do Jornal O Tempo e que está na edição de hoje.

"Sem papas na língua, Hermeto Pascoal fala sobre música ruim produzida no Brasil, seu asco pelo rock n’ roll e a frustração com o funk. Além disso, o compositor alagoano lembra histórias sobre sua relação com o mito do jazz Miles Davis e o maestro Tom Jobim, seu amigo, de quem o Bruxo de Alagoas ainda guarda uma conversa de elevador que mudou os rumos da bossa nova."


Entrevista
Você comentou que está compondo compulsivamente. As músicas são para algum projeto específico?

Nunca faço nada programado. Se eu disser que eu vou fazer uma coisa com toda a certeza do mundo, como gravar um disco, eu não faço. Eu lembro que tinha compromisso de entregar uma gravação ou terminar um arranjo no estúdio e sempre deixava para a última hora porque me irritava a obrigação. Muitas vezes eu terminava de escrever uma música no táxi, indo para o estúdio gravar, só para desafiar o tempo. A obrigação do tempo é a desgraça do mundo.

Recentemente você chegou a dizer que poderia gravar um disco popular e que achava que não se faz mais música boa no Brasil hoje. Isso é verdade?

Olha só, eu respeito todo mundo que faz música, porque mesmo que eu não goste, é um trabalho. Agora o que eu não gosto é de gente tocando instrumentos por tocar. E isso acontece demais. Você vê bandas, conjuntos musicais que simplesmente copiam um solo de jazz desconhecido porque aquilo é o máximo que eles conseguem: se esconder atrás de outro talento. E penso que a gente tem que criar, se reinventar, não se acomodar.

Essa sua visão tem algo a ver com o fato de você não gostar de rock n’ roll?

Não é especificamente com rock. Eu realmente não gosto de rock, não me faz a cabeça. Mas o funk, por exemplo, essa coisa que chamam de funk popular, sei lá,aquilo também não me conquista musicalmente. Toda a onda do rock e do funk contemporâneo, que você vê na mídia hoje, não me atrai porque acho que os caras não tocam bem. Mas, de novo, tenho bastante respeito por quem se propõem a fazer música. É que, para mim, música ruim é como pegar uma lata de doce de leite e encher de sal: você sabe que tem algo bom ali, mas o gosto, o sentimento é péssimo. Parece que existe um corpo sem alma nesse tipo de música. Acho que se tivesse lei na música, canções ruins seriam proibidas de tocar.

Dentre vários parceiros musicais que teve, existe alguma história que tenha mudado sua vida ou sua música?

O Miles Davis foi especial porque vi aquele cara tocando em 1969, na minha primeira viagem aos Estados Unidos, e cheguei a fazer piada da estatura baixa dele, enquanto ele me chamava de maior músico do mundo. Outra história que guardo é com Tom Jobim. Encontrei ele no elevador após um show em Nova York. Lembro de ele ter dito que não aguentava mais ouvir “Garota de Ipanema”. Então, aconselhei ele a voltar ao Brasil, percorrer vários Estados e se inspirar. Foi o que ele fez quatro meses depois, quando compôs “Águas de Março”, a primeira música com cadência diferente, quebrada da bossa-nova. Era quase um baião que o Tom buscou no Nordeste.

Hermeto na imprensa hoje

No jornal Estado de Minas
"Sinto-me cada vez mais doido, no bom sentido." (...) "Quem não cria é quem não espia"


Na página da Pró-reitoria de Extensão da UFMG

Uma apresentação de  Hermeto Pascoal em BH na década de 90 terminou em um show itinerante. “Eu estava tocando no Palácio das Artes e quis sair pra tocar na rua com o público, daí os músicos me acompanharam e me deu a idéia de entrar no primeiro ônibus que estivesse passando, o Itiberê (contrabaixista) pagou adiantado todas as passagens, o público entrou e a gente  foi  tocando e o ônibus foi seguindo devagar pela avenida. Até hoje os mineiros que me encontram perguntam sobre esse dia”, recorda o próprio Hermeto.


No jornal O Tempo
Com mais de 70 anos de carreira, Hermeto Pascoal vai criar mais. Ele decidiu rebatizar seu grupo musical para homenagear alguns dos principais nomes da música instrumental brasileira, que o acompanham há 40 anos no palco: Itiberê Zwarg (contrabaixo), Márcio Bahia (bateria), Fábio Pascoal (percussão), Vinicius Dorin (saxofones e flautas), André Marques (piano), além de sua mulher, Aline Morena (voz e viola caipira), com quem ele vive há 11 anos em Curitiba.
Sob o título Hermeto Pascoal e a Nave Mãe, o grupo só vai usar o novo nome no próximo disco do músico, que ainda não tem data para sair – mas deve chegar às lojas em 2015.

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O bate-papo com o público de BH é hoje no CentoeQuatro, na Praça da Estação, às 19h30. Gratuito.
 Chegue mais cedo para garantir um bom lugar!

Texto legal sobre o Hermeto no Jornal Pampulha

Hermeto a mil

Músico vem a BH para conversar com o público, no CentoeQuatro


                                                                                                   Foto: Rudi Bodanese













PUBLICADO EM 16/04/14 - 17h58

Foi-se o tempo em que Hermeto Pascoal escrevia suas músicas em cadernos. Há anos, começou a registrá-las em telas de pintura, produzindo centenas de “partituras-quadro”. Utiliza também papel higiênico, guardanapo e o que aparecer pela frente. Ele diz estar preparando uma exposição com muitos itens exóticos e abstratos relacionados à sua produção musical. “Eu posso montar uma mesa inteira de jantar com pratos e xícaras em que escrevi minhas músicas”, conta o alagoano.
Mas não seria uma simples exposição – como nada é na extensaobra de Hermeto (com ‘e’ aberto). O plano do multi-instrumentista é que as pessoas não apenas observem, mas que músicos toquem as músicas registradas. Sobre essa e outras tantas ideias do músico, o público belo-horizontino terá a oportunidade de conversar na próxima quarta-feira (23), quando ele vem à capital – a qual ele se refere carinhosamente como “Belô” – participar do projeto “Retratos de Artista: Molduras do Pensamento”, no Café 104. “É uma cidade que sempre me apoiou desde meu começo, nunca fico muito tempo sem ir aí”, diz.
De jerimum 
Para alguém que começou sua relação com a música ainda criança, tocando um pífano feito por ele mesmo com mamona de jerimum (abóbora) e tirando sons da água da lagoa, não existe separação entre vida e carreira. Aos 77 anos, mantém o ouvido absoluto – capacidade de identificar qualquer nota musical ouvida, venha ela de um instrumento ou não – e a cabeça a mil. “Eu não consigo saber, sentir a minha idade. Consigo sentir hoje, o agora. E (sua mente) é como o vento, se parar não chove”, diz.
Ele só garante que, ao contrário do que foi dito em matéria da revista “Serafina”, da “Folha de S.Paulo”, não decidiu ser pop coisa nenhuma. “Não gosto dessas músicas, as batidas são repetitivas, têm pouca variação. E o que atrapalha a qualidade são os produtores, por causa do dinheiro. ‘O Hermeto tá pop’ era uma brincadeira, mas sei que o repórter não fez por mal”, declara.
Seria mesmo de se espantar se ele enveredasse por esse caminho. Ainda mais depois de, entre uma extensa lista de coisas, ter sido chamado de “o maior do mundo” por Miles Davis e, de certa forma, ter ajudado Tom Jobim a superar uma crise criativa – Hermeto conta que encontrou Tom meio cansado da própria obra em Nova York, nos anos 1970, e sugeriu que ele voltasse ao Brasil por um tempo, para se inspirar. Dali a pouco tempo, teria surgido “Águas de Março”, lembra ele. 
O músico criado em Lagoa da Canoa, no município de Arapiraca (AL), mora há dez anos em Curitiba, ao lado da namorada e parceira musical Aline Morena. “Não consigo mais andar no meu jumento, mas aqui ainda continua um lugar mais ou menos tranquilo”, explica. Em sua jornada, passou por várias cidades e numa das primeiras, o Recife, chegou a ouvir do diretor de uma rádio que “não dava para música”. “Me botaram pra tocar pandeiro, mas eu queria sanfona. O Jackson do Pandeiro então chegou pra mim e disse que, do jeito que eu tocava acordeom, se ficasse só no pandeiro seria problemático. Aí eu fui até o diretor e pedi para trocar de instrumento, mas ele ficou com raiva, falou que eu e meu irmão (José Neto, com quem se apresentava) não íamos pra frente e nos mandou embora pra outra rádio, em Caruaru”, lembra.
Graças aos elogios de um “irmão de som e de cor”, nas palavras do próprio Hermeto, não demorou muito para que ele voltasse. O falecido parceiro Sivuca, que também era albino, fez com que o mesmo diretor o convidasse de volta.
De Hermeto para o mundo
Capaz de produzir sinfonias a partir dos sons mais diversos, uma vez foi convidado a criar uma usando o som de uma lancha navegando por um rio, no Amazonas. Chamou-a de “Do Amazonas para o Mundo”, mas acabou não a apresentando, porque músicosmais ortodoxos acharam que não era muito apropriado levar uma lancha para o teatro. 
“Guardei essa peça porque não sou bobo, sempre escrevo vários estudos de uma peça sinfônica minha e poderia adaptá-la para outros contextos. Acabei sendo convidado para um festival de Jazz na praia de Santos e, no lugar da lancha, usei os sons da cidade. Rebatizei: ‘De Santos Para o Mundo’. Foi um sucesso danado. O negócio é espalhar a música pelo mundo”, conta. Essa parece ser a única pretensão de Hermeto. “Nunca digo assim ‘vou dar um tempo e fazer outra coisa’. O que me dá vontade, eu vou fazendo, não me prendo a uma coisa só. Aparentemente, tô sentado, mas ali tão nascendo duas, três, quatro, músicas por dia, sem aquela de ter que fazer. O negócio é ter gana”, declara.
Retratos de artista: molduras do pensamento

CentoeQuatro (Praça Ruy Barbosa, 104, centro, 3222-6457). Dia 23 (quarta), às 19h30. Entrada gratuita mediante ordem de chegada.

Hermeto é o convidado da próxima quarta, 23 de abril do Retratos de Artista

Bate-papo será no CentoeQuatro em BH, com entrada gratuita e lotação máxima de 430 pessoas


                                                                                     Foto: Rudi Bodanese

Pedra, barriga, água, apito, cano, caixa, piano, flauta, sanfona. De tudo sai um som pescado pela sensibilidade singular do alagoano Hermeto Pascoal, que começou a flertar com a música ainda criança e hoje soma mais de três mil músicas próprias. Aos 77 anos, é reconhecido mundialmente pelo talento e inventividade. Na quarta-feira, 23, ele é o convidado do Retratos de Artista: Molduras do Pensamento, projeto que vem promovendo bate-papos com artistas da música sempre ao lado de um mediador. Hermeto conversa com o radialista, pesquisador de música e escritor Kiko Ferreira, residente em Belo Horizonte.

Como ocorreu nas duas primeiras sessões do Retratos de Artista com Jorge Mautner e Paulo César Pinheiro, convidados e mediadores ficam à vontade para construir uma conversa solta e prazerosa passando por temas, como criação, existência, arte em geral, encontros, desencontros, carreira. Aproveitando a configuração despojada e o ambiente intimista do CentoeQuatro, o encontro sugere uma ocupação menos formal, na qual o artista e o público saem um pouco dos seus lugares comuns, interagindo de perto, trocando informações.

Na última quarta-feira de abril, dia 30, o projeto terá a presença de Roberto Tibiriçá, acompanhado da jornalista Heloísa Fischer.

Mais sobre o projeto:  Retratos de Artista: Molduras do Pensamento está na segunda edição. Neste ano, o projeto é patrocinado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Trata-se de uma iniciativa de um grupo de apreciadores de cultura que resolveu produzir um encontro com artistas admirados por eles. O projeto tem apoio do Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACs), parceiro na realização desde a primeira edição; do Centro Cultural da UFMG, e do Centro de Comunicação da UFMG (Cedecom), que cedeu técnicos e equipamentos da TV UFMG para gravar as conversas e editar programas especiais a serem veiculados na grade de programação da TV.

Serviço
Hermeto Pascoal no Retratos de Artista: Molduras do Pensamento
Dia 23 de abril, às 19h30
Local: CentoeQuatro (Praça da Estação, 104)
Entrada gratuita mediante ordem de chegada
Capacidade do local: Para a sessão com Hermeto Pascoal serão 430 lugares
Mais informações no nosso Facebook ou pelos telefones: (31) 3037-8691/ 9979-3372