Fotos Ana Alvarenga
Com alegria saudamos Jorge Mautner, nosso companheiro da noite de ontem, ao lado de mais
de 120 pessoas que estiveram no Café 104. Em sua fala, lembranças, leituras, reflexões, devaneios, marcações do que ele acredita para a arte, para o país, para a vida. Logo de início ele lembrou a “poesia
direta” do candomblé que ele conheceu aos 7 anos, apresentado pela babá. O pai
europeu rigoroso deixou o gosto pela leitura. O padrasto violinista trouxe o
interesse pela música e as caminhadas, vivências e encontros deram a ele asas
para criar uma obra original e vigorosa.
Ecos da conversa com Mautner:
Sobre encontros ao longo da vida: “As pessoas queridas moram nos nossos neurônios para sempre”.
Arte e pensamento: “A arte é a própria vida, não é isso? Essas divisões são erradas. Nos nossos neurônios é tudo simultâneo. E vocês vão fazer tudo novo. Vocês já têm os neurônios saltitantes.” “O que domina tudo é a paixão. Nem o pensamento é contra o sentimento. Ele também é sentimento.”
Um livro indicado pelo Mautner: Corpos Pagãos, de Mário Câmara (Ed UFMG).
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Público lotou o café 104 para ouvir as palavras de Mautner |
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